O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou esta quarta-feira acreditar num entendimento com todos os países aos quais aplicou sobretaxas aduaneiras, incluindo a China, cujo líder Xi Jinping quer um acordo que trave a guerra comercial, mas é "orgulhoso".
Poucas horas depois anunciar um novo aumento proibitivo, para 125%, das tarifas aduaneiras norte-americanas sobre importações da China, enquanto suspendeu por 90 dias sobretaxas aplicadas a outros países, Trump previu que "haverá um acordo com a China (...) e com todos" os países afetados.
"A China quer chegar a um acordo", mas "não sabe bem como o fazer", acrescentou aos jornalistas o Presidente norte-americano, cujas tarifas punitivas provocaram pânico nos mercados financeiros mundiais desde a semana passada.
Pequim foi castigada por retaliar sobre as tarifas norte-americanas, apesar dos avisos de Washington, justificou o Presidente republicano.
"Eles (chineses) são pessoas muito orgulhosas (...) e o Presidente Xi [Jinping] é um homem orgulhoso. Conheço-o muito bem", adiantou.
Questionado sobre as causas do seu recuo desta quarta-feira, Donald Trump admitiu que antes de decidir suspender a guerra comercial estava a acompanhar a subida dos juros das obrigações do Tesouro.
"Estava a observar o mercado de obrigações. É um mercado muito complicado", disse.
Na terça-feira à noite, prosseguiu, viu que as suas sobretaxas aduaneiras estavam a "assustar um pouco as pessoas" e "é preciso ser flexível".
Questionado sobre as consequências das tarifas para as empresas norte-americanas, Trump prometeu analisar os casos individuais.
"Algumas, pela sua natureza, são atingidas um pouco mais duramente. Vamos analisar isso", adiantou.
Na Sala Oval da Casa Branca, Trump considerou mesmo improvável nova subida das taxas aplicadas às importações chinesas, de atuais 125%.
"Não imagino que tenha de o fazer outra vez. E não creio que seja necessário. Sabe, calculámos isto com muito cuidado", disse Trump.
Com LUSA