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Presidente da Coreia do Sul libertado da prisão em clima de euforia

Yoon Suk-yeol foi acusado de insurreição depois de ter declarado a lei marcial no país em dezembro.

SIC Notícias

O Presidente da Coreia do Sul deposto, Yoon Suk-yeol, acusado de insurreição depois de ter declarado a lei marcial em dezembro, foi este sábado libertado da prisão.

Numa declaração distribuída pelos seus advogados, Yoon afirmou que "aprecia a coragem e a decisão do Tribunal Distrital Central de Seul de corrigir a ilegalidade", numa aparente referência às questões relacionadas com a sua detenção.

Agradece igualmente aos seus apoiantes e pede aos que estão em greve de fome contra a sua destituição que ponham termo à mesma.

O Ministério Público decidiu não recorrer da decisão do tribunal de cancelar o mandado de prisão e alegou dúvidas sobre a investigação ao Presidente.

Yoon continua a ser oficialmente Presidente

A 15 de janeiro, depois de se ter 'escondido' durante semanas na residência presidencial, em Seul, Yoon tornou-se o primeiro presidente em exercício de funções a ser detido sob acusação criminal, após dias de impasse entre os guardas presidenciais e as autoridades responsáveis pela detenção.

A 26 de janeiro, foi acusado e colocado em prisão preventiva.

O líder conservador foi acusado de insurreição - um crime punível com pena de morte ou prisão perpétua e que não está abrangido pela imunidade presidencial -, depois de ter declarado lei marcial, a 3 de dezembro. Na altura, enviou o exército para o Parlamento numa tentativa de o silenciar.

No entanto, apenas seis horas depois, foi forçado a recuar, quando os deputados, reunidos de emergência, votaram conta o regime especial.

Num discurso transmitido na televisão, Yoon justificou a ação dizendo que o Parlamento estava dominado pela oposição e a bloquear a adoção do orçamento do Estado. Disse mesmo que queria "proteger a Coreia do Sul liberal das ameaças colocadas pelas forças comunistas norte-coreanas" e "eliminar os elementos hostis ao Estado".

Apesar da acusação e detenção, Yoon continua a ser, oficialmente, o Presidente da Coreia do Sul, enquanto aguarda um veredicto final.

Se o Tribunal Constitucional confirmar a destituição, serão convocadas eleições antecipadas. Caso contrário, Yoon volta ao cargo, embora continue com o processo na justiça.

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