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Presidente da Síria promete "força" para erradicar "terrorismo" após ofensiva rebelde

Aumenta a tensão no Médio Oriente com mais um foco de conflito a ganhar nova dimensão. Os rebeldes na Síria estão a avançar em Alepo, a segunda maior cidade do país. As forças do regime de Bashar Al Assad estão a responder, com o apoio da Russia e com promessas de “força”.

KARAM AL-MASRI/LUSA

SIC Notícias

O Presidente sírio, Bashar al-Assad, prometeu este domingo usar a "força" para erradicar o "terrorismo", após grupos rebeldes tomarem a cidade de Alepo, numa operação relâmpago que já causou mais de 300 mortos.

"O terrorismo só compreende a linguagem da força e é com essa linguagem que o vamos quebrar e eliminar, sejam quem forem os seus apoiantes e patrocinadores", disse al-Assad, durante uma chamada telefónica com um responsável da Abecásia, uma região separatista pró-russa da Geórgia, informou a agência noticiosa oficial síria Sana.

No terreno, a ajudar o regime de Assad, está a Rússia. Uma organização Não Governamental (ONG), citada pela agência AFP, está a avançar que pelo menos cinco pessoas terão morrido num ataque russo perto da Universidade de Alepo.

Entretanto, o rei Abdullah II da Jordânia declarou que está "ao lado" da Síria, afirmando o seu apoio à sua "integridade territorial", após a ofensiva lançada na quarta-feira por um grupo de rebeldes no norte e centro do país.

Numa chamada telefónica com o primeiro-ministro iraquiano, o rei da Jordânia sublinhou que o seu país "apoia" a Síria e que "apoia a sua integridade territorial, soberania e estabilidade".

Rebeldes reacendem guerra na Síria

Uma coligação de grupos rebeldes liderados pelos islamitas do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), o antigo ramo sírio do movimento extremista Al-Qaeda, lançou na quarta-feira uma ofensiva relâmpago mortal no norte da Síria e tomou controlo da maior parte de Alepo, a segunda maior cidade do país, e de várias outras cidades, nomeadamente na província de Hama.

Desde quarta-feira, a ofensiva já causou mais de 330 mortos, segundo a organização Observatório Sírio dos Direitos Humanos, e suscitou a preocupação da comunidade internacional.

Esta violência é a primeira desta dimensão desde há vários anos na Síria, onde foi desencadeada uma guerra devastadora em 2011, envolvendo beligerantes apoiados por várias potências regionais e internacionais e grupos 'jihadistas'.

Com o apoio militar crucial dos seus aliados Rússia, Irão e o Hezbollah libanês, o regime de Bashar al-Assad lançou uma contraofensiva em 2015 que lhe permitiu recuperar gradualmente o controlo de uma grande parte do país e, em 2016, da cidade de Alepo.

Com LUSA

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