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Polícia Federal do Brasil acusa Bolsonaro de conhecer plano que envolvia assassinato de Lula da Silva

A justiça brasileira retirou do sigilo o inquérito que acusa Jair Bolsonaro de participar de um golpe de Estado para se manter-se no poder, depois da derrota nas eleições de 2022. Gravações divulgadas pela Polícia Federal revelam que, o antigo presidente do Brasil, tinha conhecimento do plano golpista, que previa até o assassinato de Lula da Silva.

Ivani Flora

Estão incluídos nas investigações da Policia Federal mais de 50 áudios que vieram a público depois do indiciamento de 37 pessoas, na semana passada, acusadas de tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. Entre eles Jair Bolsonaro, assessores do ex-presidente e vários militares de alta patente.

Durante quase dois anos os investigadores da Policia Federal reuniram num relatório de quase 800 páginas. Provas que, segundo eles, confirmam a tentativa de um golpe de Estado para impedir a posse de Lula da Silva e que as mensagens trocadas entre os militares revelam que Jair Bolsonaro tinha conhecimento do plano.

Dia 31 de dezembro de 2022 foi o último dia do Governo Jair Bolsonaro e, no dia 12 do mesmo mês, a data da diplomação do presidente eleito. Dia em que apoiantes de Jair Bolsonaro participaram de atos terroristas em Brasília, que incluiu ataques à sede da Polícia Federal.

Ainda, segundo a polícia, o grupo contava com militares que estavam dispostos a tudo para executar o plano que envolvia o assassinato de Lula da Silva, do seu vice, Geraldo Alckmin, e do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. O relatório revela que o plano teria sido impresso dentro do Palácio do Planalto.

Esta semana, Jair Bolsonaro falou pela primeira vez sobre as acusações.

Ninguém vai dar golpe com o general da reserva e mais meia dúzia de oficiais", referiu o ex-presidente do Brasil.

O inquérito da Policia Federal foi encaminhado, nesta terça-feira, para o Ministério Público. Se for condenado, Jair Bolsonaro pode ser condenado até 28 anos de prisão.

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