Mundo

Cheias em Valência: o que falhou e o que causou uma catástrofe de tamanha magnitude?

A água inundou casas, carros e ruas em mais de 10 localidades como Paiporta, Picanya e Aldaia. Num só dia choveu o equivalente a um ano em apenas oito horas.

Marta Sobral

Pedro Pink

SIC Notícias

Valência enfrenta ainda as consequências da maior tragédia das últimas décadas: as cheias que mataram mais de 200 pessoas. Em entrevista à SIC, o climatologista Mário Marques explica alguns fatores que contribuíram para que as cheias na cidade espanhola tomassem proporções catastróficas.

Mais de uma semana depois não há dúvidas de que esta foi uma das maiores catástrofes das últimas décadas, mas há muitas questões que ficam no ar. O que falhou e o que causou uma catástrofe de tamanha magnitude?

O climatologista Mário Marques explica à SIC que a precipitação "muito intensa e extrema", a ocupação territorial e a "falta de sistemas de aviso precoce" explicam, em parte, o impacto das cheias.

A água inundou casas, carros e ruas em mais de 10 localidades como Paiporta, Picanya e Aldaia. Num só dia choveu o equivalente a um ano em apenas oito horas.

As últimas grandes cheias em Valência foram em 1957 e fizeram mais de 80 mortos. Nessa altura, ficou decidido desviar o curso o Rio Turia para fora do centro da cidade através da construção de um novo leito artificial.

O canal que antes abrigava o rio foi transformado num jardim e parque público.

A verdade é que no centro de Valência nada se passou, já que a tempestade devastou as áreas limítrofes e fez ainda mais mortos do que há 67 anos.

Últimas