As zonas navegáveis estão cada vez mais estreitas e os barcos têm de ser cada vez mais pequenos para não ficarem encalhados nas águas rasas dos rios e lagos. A seca extrema no Amazonas obrigou os 62 municípios da região a decretarem o estado de emergência. As populações locais estão incertas sobre como sobreviver nos próximos meses, sem poder pescar ou navegar.
Nos locais onde há estradas, o governo está a utilizar camiões para distribuir bens essenciais, já que não é mais possível fazer o transporte de barco. No entanto, em muitas aldeias, é necessário carregar os produtos às costas durante mais de uma hora até os locais de entrega. Para muitos que vivem no Amazonas, a vida está a mudar drasticamente.
A seca não afeta apenas o Amazonas. Mais ao sul do continente, no Paraguai, o maior rio do país também está muito abaixo do nível normal. O governo decretou estado de calamidade e impôs restrições à navegação. Uma das principais consequências é o aumento do preço de vários produtos, que agora precisam de ser transportados por terra, um processo muito mais caro. O rio Paraguai está no nível mais baixo de que há registo.