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Intensifica-se a tensão entre Israel e o Hezbollah

Telavive promete agir "com força total" se o grupo xiita continuar no sul do Líbano. Já na Faixa de Gaza, as operações militares voltaram a fazer dezenas mortos e a agravar as já difíceis condições de vida de milhares de palestinianos.

Joana Rita de Almeida

Paulo Gamito

Oito meses depois do inicio do conflito, não há sinais de que possa terminar em breve. Israel continua a intensificar os ataques e a deixar os serviços de emergência palestinianos no limite.

"As capacidades são quase inexistentes, tendo em conta o aumento dos ataques e dos ataques aéreos. Missões que exigiram duas horas, levam até quatro a seis horas para serem concluídas", explica Mohammed Al-Mugheir, proteção civil palestiniana.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, revelou que não há progressos para as negociações de um cessar-fogo.

"Não houve qualquer progresso real nas negociações para pôr fim às hostilidades. Aquilo que é dito pela Administração dos EUA é apenas para pressionar o Hamas a aceitar a proposta de cessar-fogo de Israel, sem alterações", afirma Osama Hamdan do Hamas

A tensão entre Israel e o Hezbollah também escalou. O grupo libanês ameaça lançar o que promete ser uma "guerra desastrosa". Telavive responde que vai agir com "força total" se os ataques continuarem.

Em Israel mantém-se as manifestações contra o governo. Na última noite aumentaram de intensidade.

Viemos aqui hoje, como fazemos todos os sábados à noite, e, por vezes, também a meio da semana, para nos manifestarmos contra o governo israelita. É um governo ilegítimo", diz uma das manifestantes.

A operação israelita na Faixa de Gaza foi lançada depois do ataque do Hamas a 7 de outubro, desde essa altura já morreram quase 40 mil pessoas.

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