Mundo

Proposta de cessar-fogo: Israel aceitou "um pouco a contragosto"

Pedro Cordeiro, editor de Internacional do Expresso, salienta que embora o Governo israelita "não adore este acordo, é a arte do possível".

SIC Notícias

O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou na sexta-feira a nova proposta de acordo de Israel para um cessar-fogo em Gaza. Qatar, Estados Unidos e Egito apelaram conjuntamente, no sábado, para que "o Hamas e Israel finalizem o acordo de cessar-fogo". De acordo com a declaração conjunta dos mediadores, a proposta engloba as exigências de todas as partes. Israel aceitou a proposta, o Hamas ainda não respondeu.

Pedro Cordeiro salienta que "não temos uma reação clara do Hamas à proposta que surge pela boca dos Estados Unidos, mas aceite por Israel". Há indicações de que Israel aceitou "um pouco a contragosto, (...) embora não achasse o acordo ideal", mas "é a natureza das negociações quando se quer pôr fim a um conflito, muitas vezes a solução possível não é ideal para um lado nem para o outro. É um ponto intermédio a que se chega por alguma cedência mútua".

"Estará o Hamas disposto a essa cedência mútua? É a grande incógnita, uma vez que ainda não temos uma resposta do movimento jihadista a esta proposta diplomática (...) sem dois lados a aceitarem uma proposta, ou mesmo a dizer algo como: 'Aceito, mas há aqui um ponto ou outro que ainda temos de abordar e de mudar isto ou aquilo'. Portanto, sem haver uma reação clara do Hamas a esta proposta, que já foi aceite por Israel, é difícil saber se ela tem pés para andar".

Este plano para o cessar-fogo, alegadamente israelita, terá sido imposto pelos Estados Unidos.

"A sensação que ficou foi que este é o acordo quase imposto a Israel pelos Estados Unidos ou pelo menos que resulta de forte pressão americana".

Últimas