Ricardo Alexandre, jornalista da TSF e comentador SIC, diz que, na guerra na Ucrânia, a evolução é favorável à Rússia. Sobre o afastamento do ministro da Defesa e a nova nomeação para o cargo, refere que o objetivo poderá ser reforçar a dimensão tecnológica na indústria militar.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs a demissão do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e nomeou o vice-primeiro ministro Andrei Belousuv para o cargo.
Belousuv teve a pasta da Economia, foi ministro do Desenvolvimento Económico, alguém importante nesse área, explica Ricardo Alexandre, acrescentando que é conhecido por trazer desenvolvimento tecnológico à Rússia.
"A leitura que está a ser feita é: dar mais dimensão tecnológica à indústria militar do país e fazer puxar pelo PIB", refere.
O jornalista da TSF indica, na SIC Notícias, que a Rússia está a "gastar cada vez mais" com a guerra: "A Federação russa gasta 6.7 em despesa militar, um valor já próximo do gasto nos anos 80 do século passado pela União Soviética".
"Há quem veja isto como uma espécie de nova Guerra das Estrelas e também quem lembre que foi por isso que a União Soviética implodiu nos anos 80, com o que gastou no aparelho industrial militar", afirma.
No terreno, a evolução é "favorável" às forças russas, que assumiram o controlo de seis aldeias no leste da Ucrânia. Kharkiv deverá ser a próxima batalha, prevê o jornalista da TSF.
"Os ucranianos estão com muitas dificuldades em defender algumas localidades", indica.
Já sobre o Egipto apoiar África do Sul contra Israel, Ricardo Alexandre sinaliza que "isola um bocadinho mais Israel", uma vez que o Egipto tinha uma boa relação com Israel já há algumas décadas.
Ainda na Edição da Manhã na SIC Notícias, em relação às eleições na Catalunha, que deram a vitória aos socialistas, o jornalista destaca que é uma "derrota" para as forças nacionalistas da região.
Por outro lado, lembra que Pedro Sánchez tinha perdido as eleições na Galiza e no País Basco, o que significa que desde as últimas legislativas que não tinha uma vitória eleitoral.
"É aquele tipo de resultado em que todos reclamam uma pequena vitória", diz.