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Afeganistão, Indonésia e Brasil continuam buscas por sobreviventes das cheias

No Afeganistão e na Indonésia continuam as buscas por sobreviventes das inundações que atingiram os dois países nos últimos dias. No sul do Brasil, o número de mortos subiu para 148 e aumentam o número de desaparecidos. Muitas localidades permanecem isoladas e esperam desesperadamente pela chegada de ajuda.

Catarina Coutinho

É a terceira inundação em menos de um ano na cidade de Muçum, no interior do Rio Grande do Sul. Ainda a recuperar das últimas cheias de setembro e novembro, os habitantes da região falam num "cenário de horror" em que a ajuda não consegue chegar a todo o lado.

Desta vez, devido às chuvas torrenciais, o Rio Taquari subiu até aos 26 metros, afetando 80% da zona urbana. Há pontes destruídas e estradas bloqueadas e por isso a ajuda só consegue chegar à cidade de barco. Centenas de pessoas ficaram sem casa e todas receiam o futuro. As cheias das últimas semana já provocaram 148 mortos e outras dezenas de pessoas estão desaparecidas.

Na Indonésia o cenário não é muito diferente. Na ilha de Sumatra, as escolas dão lugar a casas para acolher os desalojados depois de um fim-de-semana em que choveu torrencialmente durante várias horas, provocando inundações repentinas e correntes de lava fria do vulcão Monte Merapi.

Os mais recentes dados dão conta de pelo menos 43 mortos com as equipas de resgate ainda à procura de sobreviventes. Enquanto os homens garantem a limpeza, as mulheres garantem a alimentação dos sobreviventes. As populações afetadas pedem água potável e roupa depois das cheias terem destruído as habitações de centenas de pessoas.

No Afeganistão, com maior impacto região no Norte do país, a província de Baghlan foi atingida por chuvas repentinas que arrastaram casas, terras de cultivo, pessoas e animais, provocando mais de 300 vítimas mortais, entre elas 50 crianças. No mês passado o país também sofreu a destruição de chuvas torrenciais que mataram mais de cem pessoas e destruíram milhares de casas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já respondeu ao pedido de ajuda internacional enviado pelo Afeganistão. Entregou 7 toneladas de medicamentos e kits de emergência às zonas afetadas. Também a União Europeia decidiu enviar 97 toneladas de bens essenciais.

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