Os Estados Unidos vetaram esta quinta-feira a adesão plena da Palestina à ONU. A Palestina é considerada um "Estado observador" nas Nações Unidas desde 2012, mas queria tornar-se Estado-membro em pleno.
Para que o pedido fosse aprovado, era preciso o voto favorável de nove dos 15 membros do Conselho de Segurança e nenhum veto dos membros permanentes.
A Autoridade Palestiniana condenou o veto dos EUA, classificando-o como “injusto, antiético e injustificado”. Já Israel congratulou o bloqueio de uma “proposta vergonhosa”, com o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita a elogiar a decisão dos norte-americanos.
Anteriormente, os Estados Unidos afirmaram que o estabelecimento da Palestina como um Estado independente deveria ser feito através de negociações entre as partes envolvidas e não nas Nações Unidas.
A Palestina é considerada um "Estado observador" na ONU desde 2012, um estatuto que só partilha com o Vaticano, embora um ano antes tivesse solicitado a entrada como membro de pleno direito.
Em 2011, foi feito um pedido de adesão plena, mas permaneceu pendente porque o Conselho de Segurança não conseguiu chegar a um consenso para uma decisão formal.
Nessa ocasião, os Estados Unidos anunciaram que pretendiam usar o poder de veto se uma maioria de nove fosse alcançada, apesar de proclamarem apoio à "solução de dois Estados".