O funeral de Alexei Navalny decorreu em Moscovo sob grande vigilância policial. Várias pessoas juntaram-se junto à igreja na Igreja do Ícone da Mãe de Deus, (no bairro onde vivia com a família quando estava em liberdade), para prestar uma última homenagem ao opositor russo.
As autoridades russas isolaram com barreiras metálicas vários metros do percurso entre a igreja e o cemitério, cerca de 20 quilómetros.
Nem só de flores se fez a homenagem. Algumas pessoas manifestaram-se indo contra as indicações do Kremlin, gritando o nome de Navalny e batendo palmas quando o caixão chegou à igreja.
"Gostaríamos de lembrar que há uma lei que deve ser respeitada: qualquer reunião não autorizada constituirá uma violação da lei", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Além de anónimos e da família, algumas figuras da oposição ainda em liberdade também marcaram a sua presença, como Evguéni Roïzman, Boris Nadejdine e Ekaterina Dountsova.
A multidão reunida perto do cemitério gritou "Não à guerra!" em protesto contra o ataque russo à Ucrânia, que começou há mais de dois anos, noticiou a AFP.
Os apoiantes de Navalny gritaram "Ele não tinha medo e nós não temos medo", apesar da grande presença policial na zona.
"Não vamos perdoar", gritaram também.
Crítico declarado do regime do Presidente Vladimir Putin e carismático defensor da luta contra a corrupção, Navalny morreu aos 47 anos em circunstâncias ainda pouco claras.
Os serviços prisionais disseram que sofreu um colapso súbito após uma caminhada e a certidão de óbito menciona causa natural.
Os seus associados, a viúva Yulia Navalnaia e muitos líderes ocidentais acusaram o Presidente russo, Vladimir Putin, de ser responsável pela morte de Navalny.
A presidência russa negou tais acusações.
Com LUSA