O Hamas enviou esta sexta-feira uma delegação ao Egito para negociar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, em dia de ataques cerrados de Israel. As as Nações Unidas acusam as forças israelitas de dispararem sobre uma coluna humanitária, identificada e autorizada por Telavive.
Centenas de civis, deslocados, estariam a dormir no prédio de habitação destruído pelo bombardeamento israelita, em Rafah, no sul de Gaza. Durante horas, e por entre toneladas de escombros, dezenas de populares procuraram sobreviventes do ataque.
A 200 metros do prédio bombardeado, um hospital financiado pelo Koweit recebeu dezenas de feridos em estado de choque. O ataque a Rafah, junto à fronteira do Egito não foi ainda oficialmente explicado.
No centro de Gaza, a noite ficou ainda marcada por novos bombardeamentos a Nuseirat e a Maghazi, - dois campos de refugiados onde permanecem concentradas milhares de pessoas.
O Exército israelita divulgou mais imagens da ofensiva mas de operações militares a sul. Numa das áreas de onde foi lançado o ataque de 7 de outubro e saiu o grupo responsável pelo massacre no kibbutz Nir Oz, os soldados garantem que destruíram uma rede de túneis e apreenderam grandes quantidades de armamento.
Já as Nações Unidas acusam as forças israelitas de dispararem sobre uma coluna humanitária, identificada e autorizada por Telavive. Dizem que foram atingidos camiões que regressavam à fronteira de Rafah depois de distribuir ajuda no norte do território. Os disparos não fizeram vítimas.
O Hamas confirmou entretanto o envio de uma delegação ao Cairo para discutir um cessar-fogo proposto pelo Egito. Mas do lado de Israel, foi cancelada a reunião do Governo para discutir cenários do pós-guerra.
No país, cresce já a pressão popular para negociar a paz e libertar os reféns. Mil cantores e músicos de todas as idades juntaram-se no teatro romano de Cesaréia.