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"Fora Milei": protestantes nas ruas contra reforma económica na Argentina

A reforma do novo Presidente argentino, Javier Milei, vai revogar 300 normas consideradas pelos habitantes como um caminho para a austeridade no país.

Carolina Reis

Milhares de pessoas protestaram nas ruas de Buenos Aires contra o Governo do recém-eleito Javier Milei. Os argentinos contestam a reforma económica anunciada pelo Presidente que vai levar a uma onda de privatizações no país.

O protesto típico da América Latina, denominado por "panelaço", juntou milhares de pessoas contra a reforma económica de Javier Milei, que vai liberalizar e privatizar a economia.

Ao som de panelas, ouviu-se em vários bairros da capital argentina as palavras de ordem "fora Milei".

Os manifestantes centraram-se na noite de quarta-feira em frente ao congresso, onde o partido do Presidente ultra liberal pretende revogar mias de 300 normas consideradas um caminho para a austeridade.

“Estas pessoas pensam que podem retroceder 22 anos e declarar um estado de sítio efetivo, porque não foram capazes de enviar uma lei ao Parlamento, porque provavelmente seria rejeitada, para declararem o estado de sítio”, disse o ativista, Eduardo Belliboni.

A manifestação prolongou-se durante o dia, com as ruas cheias de protestantes.

“Cabe ao Parlamento aprovar a declaração do estado de sítio, mas o ministro está a efetivá-lo, através de rusgas, ataques aos manifestantes e revistas a quem protesta. Ou seja, estamos claramente perante uma tentativa de estado de sítio”, acrescentou.

Uma das primeiras medidas anunciadas por Milei, antes da reforma económica, foi a restrição de manifestações. O Governo vai cortar subsídios sociais a quem nelas participe, numa medida fortemente criticada por sindicatos e movimentos sociais que acusam o Governo de limitar a liberdade de expressão.

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