Quatro homens foram acusados no roubo de uma sanita de ouro de 18 quilates, do Paláco de Blenheim, em Inglaterra, segundo a agência Reuters. A obra de arte, da autoria do artista italiano Maurizio Cattelan, estava na mansão onde nasceu o líder britânico Wiston Churchill.
A sanita de avultado valor fazia parte de uma instalação artística no Palácio de Blenheim, perto da cidade de Oxford, poucos dias antes de desaparecer numa noite em setembro de 2019.
O Ministério Público britânico (denominado por Crown Prosecution Service) disse, esta segunda-feira, que autorizou acusações criminais contra quatro homens, com idades entre 35 e 39 anos, pelo roubo da peça.
Sete pessoas foram presas pelo roubo, mas nenhuma acusação foi feita até esta segunda-feira, quatro anos depois do roubo da peça.
Estes quatro homens são agora acusados de roubo e conspiração para transferência de bens criminosos.
Avaliada em 4,8 milhões de libras, o equivalente a cerca de 5,5 milhões de euros, a peça de arte denominada de “América” pretendia ser uma sátira sobre a riqueza excessiva.
O Museu Guggenheim de Nova York, onde a obra de arte foi instalada inicialmente antes de ser exibida no Palácio de Blenheim, descreve a peça como “fundido em ouro de 18 quilates”.
“Requisição” da sanita
A sanita de ouro estava a funcionar e, antes do roubo, os visitantes da exposição podiam marcar um horário de três minutos para usá-lo.
A polícia disse que, como a sanita estava conectada ao sistema de canalização do palácio, o seu roubo causou “danos significativos e inundações” no edifício do século XVIII considerado Património Mundial da UNESCO.
O Palácio de Blenheim está repleto de obras de arte e móveis valiosos, atraindo milhares de visitantes todos os anos.