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"Não estou bem de saúde", afirma Papa Francisco

Declaração do Sumo Pontífice foi feita durante um encontro com rabinos europeus, no Vaticano, motivo que o levou a não ler um discurso que tinha preparado.

GUGLIELMO MANGIAPANE

SIC Notícias

O Papa Francisco disse esta segunda-feira que não se sente bem, durante um encontro com membros da Conferência dos Rabinos Europeus, no Vaticano. Por esse motivo, não leu um discurso que tinha preparado.

“Bom dia. Saúdo-vos a todos, dou-vos as boas-vindas e agradeço a vossa visita, que muito me agrada. Mas acontece que não estou bem e, por essa razão, prefiro não ler o discurso que preparei, mas irei dar-vos uma cópia”, disse o Papa.

Num comunicado posterior a esta declaração, o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, esclareceu que Francisco está constipado, mas que manterá a restante agenda desta segunda-feira, que inclui uma audiência para cerca de 7.000 jovens de 84 países.

No passado mês de junho, o Papa foi operado para retirar uma hérnia e esteve internado durante nove dias.

O que disse Francisco aos rabinos europeus

No encontro desta segunda-feira, o Papa afirmou que as armas, o terrorismo e a guerra não são meios adequados para "construir a paz", defendendo em alternativa compaixão, justiça e diálogo.

Na sua intervenção, Francisco declarou que "mais uma vez irrompeu a violência e a guerra naquela terra que, abençoada pelo Todo-Poderoso, parece continuamente atingida pela baixeza do ódio e pelo ruído fatal das armas".

O Papa demonstrou ainda a sua preocupação "com a proliferação de manifestações antissemitas" e manifestou "firmemente" a sua condenação a tais ações.

"Neste tempo de destruição (...), nós, os crentes, somos chamados (...) a construir a fraternidade e a abrir caminhos de reconciliação", disse Francisco.

"Nem as armas, nem o terrorismo, nem a guerra, mas a compaixão, a justiça e o diálogo são os meios adequados para construir a paz", afirmou.

Por outro lado, Francisco defendeu o diálogo com os judeus.

"Precisamos de vocês, queridos irmãos, precisamos do judaísmo para nos compreendermos melhor. Portanto, é importante que o diálogo judaico-cristão mantenha viva a dimensão teológica enquanto continua a abordar questões sociais, culturais e políticas", afirmou.

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