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Letónia impede migrantes oriundos da Bielorrússia de atravessar fronteira

Letónia, Lituânia e Polónia têm vindo a denunciar que a Bielorrússia está a aproveitar a crise migratória como arma de arremesso em retaliação às sanções impostas pela União Europeia contra o Governo de Minsk.

Michele Ursi / EyeEm

SIC Notícias

Lusa

A Guarda Estatal de Fronteiras (SBP) da Letónia impediu 143 migrantes oriundos da Bielorrússia de atravessar ilegalmente a fronteira entre os dois países nas últimas 24 horas, informou esta quarta-feira aquela força policial.

A ação aumenta para 6.227 o número de migrantes impedidos de atravessar a fronteira em 2023 e estabelece um novo recorde de impedimentos em quase mais um milhar do que em todo o ano anterior.

De acordo com o portal noticioso Delfi, só esta semana já foram impedidas de atravessar a fronteira quase 350 pessoas. As autoridades letãs salientaram que este aumento diário do número de tentativas de atravessar a fronteira de forma irregular é um sinal da pressão cada vez maior que a Bielorrússia exerce no outro lado da linha.

Letónia, Lituânia e Polónia têm vindo a denunciar, há vários anos, que a Bielorrússia está a aproveitar a crise migratória como arma de arremesso em retaliação às sanções impostas pela União Europeia contra o Governo de Minsk, devido à repressão pós-eleitoral de 2020, após novo e controverso triunfo do Presidente, Alexander Lukashenko, reeleito pela sexta vez.

Como consequência, estes três países militarizaram as suas fronteiras, especialmente a Polónia, que alertou para ameaças acrescidas à segurança após a chegada dos mercenários do grupo Wagner à Bielorrússia, além de construírem novas valas, cercas e de encerrarem passagens fronteiriças, no caso da Lituânia.

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