Uma cópia do Corão, livro sagrado da religião muçulmana, foi esta sexta-feira pisada e rasgada nos Países Baixos, durante uma ação de extrema-direita em frente à embaixada turca em Haia, situação que motivou protestos de dezenas de pessoas contra a manifestação.
Segundo a agência France-Presse, Edwin Wagensveld, líder da filial neerlandesa do movimento de extrema-direita Pegida, saltou sobre o livro considerado o mais sagrado do Islão e depois rasgou-o.
Na altura em que o líder do movimento anti-muçulmano saiu do local, os 'contra manifestantes' gritaram "Allahu Akbar" ("Alá é grande", em árabe) e tentaram alcançá-lo, antes de serem parados por cerca de 20 polícias.
A ministra da Justiça neerlandesa, Dilan Yezilgöz, já qualificou o ato de destruir ou queimar um livro como “bastante primitivo e patético”.
Mas "é permitido no nosso país, as pessoas têm essa liberdade", acrescentou a governante, citada pela agência noticiosa neerlandesa ANP.
Para Yezilgöz, um possível ataque terrorista em retaliação à destruição do Corão é uma ameaça que deve ser levada em consideração.
No final de junho, um homem ateou fogo a uma cópia do Corão em frente a uma mesquita em Estocolmo. Em resposta, a Suécia decidiu na quinta-feira elevar o seu nível de alerta terrorista.