O apelido não foi divulgado, apenas a primeira letra: H. Sabe-se que se chama Abdalmasih e que nasceu na Síria em 1991, sendo que as informações mais recentes o definem como sendo cristão e não muçulmano. Segundo as informações divulgadas pelas autoridades, terá pedido asilo em França em novembro do ano passado, o que terá sido recusado por não existir fundamento legal. No entanto, Abdalmasih H. terá, entretanto, conseguido em abril deste ano o estatuto de refugiado na Suécia.
Sendo considerado oficialmente refugiado pelo Estado sueco, o sírio, de 32 anos, entrou legalmente em França porque circula dentro do espaço Schengen. É cristão, o que é comum na vila de Hassake, onde nasceu. No momento do ataque teria um crucifixo na mão e, segundo a Associated Press, terá gritado “Em nome de Jesus Cristo” quando empunhava a faca.
O jornal Le Figaro divulgou entretanto que o atacante é casado com uma cidadã sueca, com quem tem um filho de três anos. Ou seja, de idade muito aproximada às crianças que esfaqueou esta manhã.
O canal de televisão BFMTV conseguiu falar com a mulher, que também é de origem síria e que terá conhecido o marido num campo de refugiados na Turquia. Foi daí que partiram juntos para a Suécia.
A mulher diz que se terão separado há oito meses e que não tem notícias do marido desde fevereiro, descrevendo-o como um pai atencioso.
Pela raridade da natureza do ataque, os organismos responsáveis pela prevenção e resposta terrorismo estão, para já, fora de qualquer investigação, estando o caso entregue à polícia.
Três vítimas, duas crianças e um adulto, estão consideradas em estado muito crítico e com prognóstico clínico reservado. Sabe-se que duas das crianças atacadas, de dois e três anos, são primos. Outra das crianças atacadas tem 2 anos e, segundo a AFP, é de nacionalidade britânica. A quarta é um bebé neerlandês de 22 meses.
O Presidente francês Emmanuel Macron denunciou o "ataque de cobardia absoluta" em Annecy.
"Crianças e um adulto estão entre a vida e a morte. A nação está em choque", afirmou o Emmanuel Macron, numa publicação no Twitter. "Os nossos pensamentos estão com as vítimas, as suas famílias e as forças mobilizadas", acrescentou o Presidente francês.