O ator Jeremy Renner, que foi vítima de um acidente com um limpa-neves em janeiro, deu a primeira entrevista. À ABC News, o ator, em recuperação, revelou que esteve “acordado em cada momento”.
Em entrevista à emissora norte-americana, o artista afirmou lembrar-se do momento do acidente por completo, incluindo, das dores que sentiu.
Renner sofreu várias lesões ortopédicas, partiu oito costelas em 14 lugares diferentes, o joelho direito, o tornozelo direito, a tíbia da perna esquerda, o tornozelo esquerdo, a clavícula direita e o ombro direito. Para além disso, feriu o rosto, a mandíbula, o fígado e o pulmão entrou em colapso, tendo ficado debilitado por mais de dois meses.
O ator, que está agora a recuperar das lesões, revelou que a uma certa altura se perguntou como iria ficar o seu corpo. “Serei apenas uma espinha e um cérebro, como um experimento científico?”, questionou-se.
A ABC News teve acesso ao áudio da chamada que foi feita para os serviços de emergência no momento do acidente, na qual é possível ouvir o desespero do ator e vários apelos de quem estava do outro lado do telemóvel: “Continua a lutar”.
Sobre as consequências, Renner concluiu: “Perdi muita carne e osso nesta experiência, mas fui reabastecido com amor e titânio. Escolhi sobreviver. Aquilo não me ia matar, de maneira nenhuma”.
O sobrinho, por quem Jeremy Renner se atravessou para salvar e acabou atropelado, recorda o momento do incidente:
“Eu vi uma poça de sangue a sair da cabeça e corri até ele. Não pensei que estivesse vivo”, confessa.
Quatro meses após o acidente, o ator conhecido pelo papel de Clint Barton/Hawkeye, na série de filmes da Marvel, esclareceu que faria tudo de novo para salvar o sobrinho.
No final da conversa, a jornalista perguntou a Renner se vê no espelho um novo rosto, ao qual o artista respondeu: "Não, vejo um homem de sorte."
A entrevista intitulada de “A Story of Terror, Survival and Triumph”, vai ser divulgada nos Estados Unidos da América pela ABC News no próximo dia 6 de abril, antes da estreia da nova série Disney+ de Renner, “Rennervations”