O Presidente francês afirmou esta quarta-feira que o aumento da idade da reforma vai mesmo em frente e deve entrar em vigor até ao fim do ano, apesar de todo o tumulto no país.
“Acham que tenho prazer em fazer esta reforma? Não. Podia ter feito o mesmo que muitos antes de mim e tapar o sol com a peneira? Sim, talvez. Mas a verdade é que há algo de que me arrependo: não fomos capazes de avisar sobre as restrições, mais precisamente, sobre a necessidade de fazer esta reforma”, afirmou.
E se Emmanuel Macron se mantém firme na decisão que tomou, a oposição acusa-o de colocar o poder à frente do bem-estar do povo e de deixar o país em chamas.
“Ao contrário do que diz, pensa sempre no seu conforto e em fortalecer o seu poder e nunca no superior interesse do povo”, afirmou Marine Le Pen.
“É um pirómano absoluto, incendeia o país e provoca a revolta”, disse Olivier Faure, do Partido Socialista francês.
Um caos que Emmanuel Macron garante querer que termine o quanto antes, mas, nas ruas, os franceses não perdoam. Multiplicam-se os atos de vandalismo e confrontos com a polícia.
Para esta quinta-feira está marcada uma nova greve geral no país. É mais uma tentativa dos sindicatos forçarem o encontro de alternativas que travem o aumento da idade da reforma dos 62 para os 64 anos.