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Foi libertado jornalista dissidente preso no Irão desde 2020

Keyvan Samimi, 74 anos, tinha sido acusado e condenado a três anos de prisão por "conspiração contra a segurança nacional".

Bandeiras do Irão.
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Lusa

O jornalista dissidente iraniano Keyvan Samimi, preso desde dezembro de 2020, foi libertado esta quinta-feira, disseram fontes familiares à agência noticiosa France Presse (AFP).

Samimi, 74 anos, tinha sido acusado e condenado a três anos de prisão por "conspiração contra a segurança nacional".

"Keyvan Samimi, que foi transferido no ano passado para a prisão de Semna", situada a mais de 200 quilómetros a leste de Teerão "foi libertado hoje [quinta-feira]", indicou a família.

O jornalista tinha sido autorizado em fevereiro de 2022 a ir para casa devido a problemas de saúde.

No entanto, em maio do ano passado, o jornalista foi enviado novamente para a prisão, após suspeitas de envolvimento em atividades contra a segurança nacional durante a sua libertação provisória, segundo a agência iraniana Mehr.

"O Procurador-Geral de Teerão emitiu uma nova acusação contra Keyvan Samimi no mês passado, acusando-o de ter estado presente em reuniões contra a segurança do país, tendo remetido o caso para o Tribunal Revolucionário", avançaram hoje familiares do jornalista ainda em declarações à AFP.

Em dezembro passado, o jornalista fez publicar uma mensagem, enviada da prisão, em que demonstrava apoio ao recente movimento de contestação contra o regime de Teerão, desencadeado pela morte da jovem Mahsa Amini em setembro de 2022.

Mahsa Amini, uma jovem curda-iraniana de 22 anos, morreu três dias depois de ser presa pela chamada polícia da moralidade em Teerão por suposto uso indevido do hijab, o véu islâmico.

Samimi, um reconhecido jornalista iraniano, foi preso várias vezes antes e depois da Revolução Islâmica de 1979.

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