Há uma misteriosa mulher que passou a integrar o núcleo próximo do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un. Não se sabe quem é, nem qual o impacto que tem na política norte-coreana.
Há vários meses que é vista em fotografias e vídeos divulgados pelos media da Coreia do Norte – altamente controlados pelo regime. Costuma ser vista perto de Kim Jong-Un, transportando uma bolsa de mão consigo. Já foi, inclusivamente, fotografada a transportar a pasta que continha o discurso oficial do líder, durante uma cerimónia na Assembleia Suprema do Povo.
Segundo o site norte-americano NK News – que se dedica a reportar, de forma crítica, notícias sobre a Coreia do Norte – esta mulher misteriosa começou a aparecer na comitiva do líder em fevereiro. “Tipicamente é vista a carregar uma mala de mão, possivelmente contendo itens que o líder da Coreia do Norte necessita a todo o instante tais como o seu telemóvel, cigarros ou medicamentos”, pode ler-se no artigo.
Pouco ou nada se saber sobre a identidade da mulher. Pensa-se que terá entre 30 e 40 anos e, devido às semelhanças físicas com o líder, coloca-se a hipótese de que possa ser familiar de Kim Jong-Un.
O líder norte-coreano tem, pelo menos, duas meias-irmãs – Kim Sol-Song e Kim Chun-Song – ambas nascidas na década de 1970. Enquanto Kim Sol-Song terá “permanecido ativa nos bastidores da liderança do partido”, segundo avança a mesma plataforma, muito pouco se saber sobre Kim Chung-Song.
Desde 1948, a dinastia Kim governa a Coreia do Norte numa ditadura que raramente tem mulheres em posições de decisão e poder. No entanto, a situação tem mudado ligeiramente durante a chefia de Kim Jong-Un, que já permitiu que várias mulheres assumissem cargos de relevância.
A sua irmã, Kim Yo-Jong, é um exemplo: aos 34 anos tornou-se a segunda figura mais importante do país, logo a seguir ao líder. É a chefe da propaganda do Governo e já representou o irmão internacionalmente.
Kim Jong-Un nomeou também, pela primeira vez, uma mulher para liderar o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Choe Son-Hui, de 57 anos, assumiu este ano o cargo.
A mulher do líder norte-coreano, Ri Sol-Ju, recebeu, em 2018, o título de “respeitada primeira dama”, o que, segundo analistas, representa uma clara atribuição de poder político e estatuto.