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Armas nos EUA: “É mais fácil comprar uma arma do que beber um whisky”

A análise de Ricardo Costa à lei das armas nos Estados Unidos da América.

Ricardo Costa

Mais de 18 mil pessoas foram mortas a tiro, em 2022, nos Estados Unidos da América. O debate sobre o controlo de armas de fogo no país foi reativado, na semana passada, o tiroteio numa escola primária em que morreram 19 crianças e dois professores.

Ricardo Costa considera que o discurso do Presidente Joe Biden, que apelou ao Congresso para agir no controlo de armas de fogo, é importante, mas não vai mudar nada.

“A forma como está distribuído o poder legislativo nos Estados Unidos e, sobretudo, o mar que os separa, impede ou pelo menos dificulta seriamente que possa haver acordos em matérias desta natureza”, afirma.

Na SIC Notícias, afirma que, em vários estados norte-americanos, o tema da liberdade de uma pessoa se defender a par da liberdade de expressão estão a ser levados “a um ponto sem qualquer lógica”.

Sobre a revisão da idade legal da compra de armas dos 18 para 21 anos, diz que, em muitos estados, “é mais fácil comprar uma arma do que beber um whisky”. Nos EUA, o consumo de bebidas alcoólicas é permitido apenas a partir dos 21 anos.

Ricardo Costa destaca ainda que os produtores de armas não podem ser processados em muitos estados e compara com outras indústrias que podem.

“Praticamente todas as indústrias podem ser processadas. A indústria das armas não pode e isso mostra o grau de excecionalidade em que esta indústria vive.”

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