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Parte da Via Láctea é mais antiga do que se pensava e um “beijo cósmico”: as melhores imagens da semana a partir do espaço

As imagens captadas pelos vários instrumentos que o Homem tem construído para observar o cosmos, presos à Terra ou a vaguear pelo espaço.

A Agência Espacial Europeia (ESA) publica no final de cada semana as melhores imagens do cosmos ou do nosso planeta captadas a partir do espaço ou com os telescópios em Terra. As fotografias podem ser vistas em alta resolução e as explicações detalhadas no site da Agência Espacial Europeia.

“Beijo cósmico”

O astronauta da ESA Matthias Maurer fez o primeiro passeio espacial na sua primeira missão na Estação Espacial Internacional, a 23 de março de 2022. O alemão e o norte-americano da NASA Raja Chari realizaram uma série de tarefas durante 6 horas e 54 minutos para continuar as atualizações do laboratório em órbita. O astronauta alemão está na Estação Espacial desde 11 de novembro de 2021 para a sua primeira missão a que chamou “Cosmic Kiss”. 

Sol em alta resolução

O Sol visto pela sonda Solar Orbiter em luz ultravioleta extrema a uma distância de aproximadamente 75 milhões de quilómetros. A imagem é um mosaico de 25 imagens individuais tiradas a 7 de março pelo telescópio de alta resolução Extreme Ultraviolet Imager (EUI). Esta imagem revela a atmosfera superior do Sol, a coroa, que tem uma temperatura de cerca de um milhão de graus Celsius. No total, a imagem final contém mais de 83 milhões de pixels, tornando-se assim a imagem de maior resolução do disco completo do Sol e da coroa alguma vez obtida.

Mais um astronauta europeu escalado para a Estação Espacial

O astronauta dinamarquês da ESA Andreas Mogensen e a norte-americana da NASA Jasmin Moghbeli vão integrar a Tripulação-7 (Crew-7) da Estação Espacial Internacional. Deverão partir em 2021 no foguetão da SpaceX Falcon 9 do Kennedy Space Center, na Florida.

Parte da Via Láctea é mais antiga do que se pensava

Novos dados da missão Gaia da ESA revelaram que parte da Via Láctea é mais antiga do que se pensava. O “disco espesso” começou a formar-se há 13 mil milhões de anos, cerca de 2 mil milhões de anos antes do que se julgava e apenas 0,8 mil milhões de anos após o Big Bang.

Transformar resíduos de astronautas em combustível em Marte

Sobreviver em Marte significa maximizar o uso de todos os recursos disponíveis. Uma equipa do centro tecnológico espanhol Tekniker está a trabalhar num sistema que usa a luz solar para produzir combustível a partir de águas residuais produzidas pelos astronautas.

“O nosso objetivo é fazer o primeiro reator que produza combustível em Marte usando o ar do planeta, que é 95% de dióxido de carbono. O reator será alimentado pela luz solar e a água será usada para ajudar na produção do propulsor”, explica Borja Pozo, da Tekniker.

Satélite no “shaker”

O primeiro satélite Meteosat Third Generation Imager está a ser testado para ser lançado em breve. Nas instalações da Thales Alenia Space em Cannes, França, foi feita uma simulação do lançamento num aparelho que o sacudiu de forma violenta. A descolagem está prevista para o final deste ano.

Metano detetado nas minas de carvão da Polónia

O satélite Copernicus Sentinel-5P detetou elevadas emissões de metano nas minas de carvão da Polónia. O metano é um gás com efeito de estufa emitido por fontes naturais, como pântanos, mas também por atividades humanas, incluindo agricultura, gestão de águas residuais e produção de combustível fóssil. É 25 vezes mais potente que o dióxido de carbono na retenção de calor na atmosfera.

De acordo com a Comissão Europeia e a Agência Europeia do Meio Ambiente, as 10 maiores minas de carvão que emitem metano na Europa estão na Polónia. Juntas, essas minas lançaram cerca de 282.300 toneladas de metano na atmosfera em 2020.

Pedreiras de mármore de Carrara

O que parece ser neve a cobrir as montanhas escarpadas é na verdade mármore branco brilhante, contrastando com a exuberante vegetação verde da Toscana.

O mármore de Carrara é um dos mais prestigiados do mundo e nestas pedreiras é produzindo mais mármore do que qualquer outro lugar na Terra. A sua qualidade especial levou-o a ser o escolhido para muitas esculturas famosas, como a Pietà de Michelangelo, e foi usado para alguns dos edifícios mais notáveis da Roma Antiga, incluindo o Panteão e a Coluna de Trajano.

Hubble espia uma galáxia espiral

Um retrato deslumbrante da galáxia espiral NGC 4571, que fica a aproximadamente 60 milhões de anos-luz da Terra na constelação Coma Berenices, Cabelo de Berenice, nome de uma rainha egípcia que viveu há mais de 2.200 anos. Por mais majestosas que sejam as galáxias espirais, estão longe de serem as maiores estruturas conhecidas. NGC 4571 faz parte do aglomerado de Virgem, que contém mais de mil galáxias. Este aglomerado é, por sua vez, parte do superaglomerado maior de Virgem, que também engloba o Grupo Local que contém a nossa própria galáxia, a Via Láctea. Ainda maiores que os superaglomerados são os filamentos de galáxias — as maiores estruturas conhecidas no Universo.

Esta imagem é produto de um programa de observações projetado para produzir um “tesouro de imagens” com os dados combinados de dois grandes observatórios: Hubble e ALMA, Atacama Large Millimeter/submillimeter Array, um vasto telescópio composto por 66 antenas de alta precisão no alto dos Andes chilenos. Juntas observam comprimentos de onda entre o infravermelho e as ondas de rádio. Isso permite que o ALMA detete as nuvens de poeira interestelar fria que dão origem a novas estrelas. Enquanto isso, as observações nítidas do Hubble em comprimentos de onda ultravioleta permitem que os astrónomos identifiquem a localização de estrelas quentes, luminosas e recém-formadas. Juntas, as observações do ALMA e do Hubble fornecem um repositório vital de dados para os astrónomos que estudam a formação de estrelas.

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