Pelo menos 83 palestinianos morreram desde segunda-feira, incluindo 17 crianças, na sequência de ataques israelitas na Faixa de Gaza. Depois de mais uma noite de bombardeamentos, o registo de feridos já supera as 480 pessoas.
Já esta quinta-feira, militantes palestinianos dispararam dezenas de rockets contra Israel, em resposta aos ataques aéreos que resultaram na morte de vários membros de alta patente do movimento islâmico Hamas.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha avisado que Israel iria continuar a intensificar a força dos ataques retaliatórios contra as milícias em Gaza e que iria visar vários comandantes da liderança militar do movimento.
Do lado israelita, sete pessoas foram mortas, incluindo uma criança de seis anos e um soldado.
“Isto é anarquia”. Primeiro-ministro de Israel apela ao fim da violência
Entretanto, na noite de quarta-feira, Netanyahu pediu o fim da violência entre palestinianos e israelitas. Afirmou ser inaceitável o que tem acontecido nos últimos dias em várias cidades israelitas, alertando que nada justifica a violência.
“Temos assistido a arruaceiros árabes pegar fogo a sinagogas e a automóveis, a agredir agentes da autoridade e civis pacíficos e inocentes. Isto é algo que não podemos aceitar, é anarquia”.
Desde o início da escalada militar entre o Hamas, o movimento islamista no poder na Faixa de Gaza, e Israel, na segunda-feira à noite, foram disparados cerca de 1.600 foguetes do enclave palestiniano para território israelita, dos quais 90% foram intercetados pelo sistema antimíssil, de acordo o exército.
Escalada de tensão
Os últimos acontecimentos estão a ser classificados como uma das piores escaladas da tensão entre israelitas e palestinianos desde 2019.
A escalada no conflito foi provocada por semanas de tensões na contestada Jerusalém devido à ameaça de expulsões de palestinianos de Jerusalém Oriental em benefício dos colonos israelitas.
Conselho de Segurança da ONU reúne-se de emergência
Foi convocada para esta quinta-feira uma nova reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir o conflito entre israelitas e palestinianos. Têm sido vários os apelos à contenção por parte da comunidade internacional. Israel recusa a intervenção externa e conta com o apoio dos Estados Unidos.