O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump atacou na terça-feira o líder da minoria Republicana no Senado, Mitch McConnell, defendendo que os Republicanos não voltarão a ser respeitados "com 'líderes' como este".
Num comunicado, Donald Trump afirmou que "o Partido Republicano nunca mais poderá ser respeitado ou forte com 'líderes' políticos como o senador Mitch McConnell ao leme".
"A dedicação de Mitch McConnell ao de sempre, políticas do 'status quo', juntamente com a falta de discernimento político, sabedoria, jeito e personalidade, tem feito com que passasse rapidamente de líder da maioria para líder da minoria, e só vai piorar", defendeu.
"Ele não tem o que é preciso, nunca teve e nunca terá", afirmou.
O Senado dos Estados Unidos da América absolveu, no sábado, Donald Trump de incitação à revolta no Capitólio, pondo fim ao processo de destituição do ex-Presidente.
Pouco mais de um mês depois da invasão do Capitólio, que causou cinco mortos, a votação foi de 57-43, abaixo dos dois terços necessários para o 'impeachment' no Senado.
Minutos após a votação que absolveu Donald Trump, Mitch McConnell disse não haver "nenhuma dúvida" de que o ex-Presidente foi, "na prática e moralmente, responsável por ter provocado" o ataque ao Capitólio dos EUA.
Porém, McConnell explicou que não votou para a destituição de Trump, porque este "não é constitucionalmente elegível" para tal, porque já não é Presidente.
Em 13 de janeiro, Donald Trump tornou-se no primeiro Presidente na história dos Estados Unidos a ser alvo de dois processos de 'impeachment'.
Absolvido pelo Senado, Trump pode voltar a concorrer à Casa Branca em 2024
Apesar dos votos de sete senadores republicanos contra o ex-Presidente, o Senado não conseguiu a maioria de dois terços necessária para condenar Trump por "incitamento à insurreição". McConnell não foi um deles. Argumentou depois que o Senado não é o fórum adequado para tratar do assunto, sugerindo que Trump devia ser julgado em tribunal.
Em comunicado, Joe Biden já veio reforçar a ideia de que o conteúdo da acusação não está em causa e pediu aos norte-americanos que se mantenham vigilantes em defesa da democracia cuja fragilidade ficou exposta a 6 de janeiro.
Com este resultado, Trump pode voltar a concorrer à Casa Branca em 2024.