James P. Allison e Tasuku Honjo descobriram a proteína em células imunes que funcionam como um travão à propagação do cancro. Os tratamentos com base nesta descoberta provaram ser eficazes na luta contra a doença.
Para a academia sueca, esta descoberta constitui um marco na luta contra o cancro por aproveitar as capacidades do sistema imunológico para atacar as células cancerígenas.
James P. Allison é chefe do Departamento de Imunologia do MD Anderson Cancer Center, da Universidade do Texas. Estudou a proteína que funciona como uma espécie de travão para o sistema imunológico.
Descobriu que, ao soltá-las, as células com essa proteína atacavam os tumores e desenvolveu uma nova abordagem para o tratamento de pacientes com cancro.
Tasuku Honjo, investigador da Universidade de Kyoto. "Descobriu uma proteína nas células imunes e revelou que ela também funciona como um travão, mas com um mecanismo diferente. As terapias inspiradas na sua descoberta provaram ser muito eficazes na luta contra o cancro" disse o comité.
Ritimos biológicos do corpo humano em destaque em 2017
Em 2017 três cientistas norte-americanos Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young venceram o Prémio Nobel da Medicina por investigações sobre os ritmos biológicos do corpo humano. Os estudos permitiram conhecer melhor como o organismo se adapta ao ciclo dia-noite, bem como as consequências nefastas dos problemas de sono.
Medicina é a primeira categoria a ser anunciada pela academia Sueca. O próximo é o Nobel da Física, que será conhecido esta terça-feira, seguindo-se o Nobel da Química, Paz e Economia.
O mais aguardado é o Prémio Nobel da Paz, que será anunciado esta sexta-feira. Conta com mais de 300 candidatos, entre eles Donald Trump.