A Turquia enfrenta uma crise monetária agravada por preocupações quanto às políticas económicas do Presidente, Recep Tayyip Erdogan, e um conflito diplomático e comercial com os Estados Unidos.
"A Alemanha quer uma Turquia economicamente próspera. Isso é do nosso interesse também", disse Merkel, no final de um encontro com o primeiro-ministro bósnio, depois de sustentar que a Alemanha beneficia de uma vizinhança economicamente estável.
"Não interessa a ninguém uma destabilização económica da Turquia, mas é claro que tudo deve ser feito para que, por exemplo, um banco central independente possa funcionar, e por aí fora", defendeu a chanceler alemã, cujo país Erdogan visitará no próximo mês.
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, considerou hoje que seria do interesse da Turquia chegar a acordo com os Estados Unidos e outros países quanto à libertação de prisioneiros estrangeiros.
Indignados com a manutenção de um clérigo protestante norte-americano na prisão, os Estados Unidos impuseram novas sanções à Turquia, o que aumentou a tensão política, explicou o chefe da diplomacia alemã à imprensa.
Maas frisou que há casos semelhantes de cidadãos alemães encarcerados e referiu que "seria desejável ver esta questão não só resolvida ao nível bilateral entre os Estados Unidos e a Turquia, como seria bom se o Governo turco a resolvesse de uma forma mais generalizada".
Tal, defendeu, "facilitaria a resolução dos problemas económicos", o que "no final de contas, também é do interesse da Turquia".
Lusa