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Jornalista palestiniano entre as 31 vítimas mortais dos confrontos em Gaza

O número de mortos em confrontos na Faixa de Gaza subiu para 31. A última vítima da ofensiva israelita é um jornalista palestiniano. Os confrontos que se prolongam há uma semana já fizeram mais de mil feridos.

Mohammed Salem/ Reuters

Milhares de palestinianos estão a ocupar a barreira fronteiriça que separa a faixa de Gaza e Israel. Foram incendiados pneus e lançadas pedras contra os soldados israelitas que responderam com gás lacrimogéneo e disparos.

O fim dos protestos convocados pelo Hamas está marcado para 15 de maio, dia em que se assinala a criação de Israel.

Palestina exige que ONU tome posição sobre mortes

A Palestina exigiu esta sexta-feira uma reação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) à morte de nove pessoas pelas tropas israelitas durante os protestos ocorridos naquele dia na fronteira de Gaza com Israel.

Fazendo um balanço de sexta-feira, o embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansur, disse a jornalistas: "Pelo menos nove palestinianos foram mortos, incluindo uma criança, e mais de mil foram feridos".

Mansur denunciou que Israel está a cometer um "massacre" e criticou os seus dirigentes por desrespeitarem os apelos à moderação por parte da comunidade internacional.

Este diplomata exigiu ao Conselho de Segurança que assuma a sua "responsabilidade" e se pronuncie sobre a questão, enviando um sinal claro a Israel.

Há uma semana, os EUA bloquearam uma proposta de declaração sobre os confrontos em Gaza, que pedia, entre outas coisas, uma investigação independente dos factos e que contavam com o apoio dos outros membros.

O Kuwait, membro do Conselho de Segurança, anunciou hoje que tinha proposto um outro texto similar, mas que a sua aprovação tornou a ser impedida pelos EUA, disseram fontes diplomáticas.

Entretanto, o embaixador israelita na ONU, Danny Danon, atacou a proposta do Kuwait e afirmou que Conselho de Segurança deveria "condenar o Hamas por utilizar crianças como escudos humanos".

Em comunicado, Danon defendeu que as manifestações em Gaza não foram protestos pacíficos, mas sim "violentos" e apelou ao Conselho de Segurança para que peça o fim das "provocações".

Com Lusa

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