Paralelamente, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, escreveram ao Presidente russo, Vladimir Putin, para lhe pedir que aprove a resolução que vai ser debatida a partir das 16:00 TMG (mesma hora em Lisboa) em Nova Iorque.
"Neste momento, não sabemos qual vai ser a atitude da Rússia", explicou a presidência francesa no comunicado em que anuncia a iniciativa franco-alemã.
"A União Europeia não tem palavras para descrever o horror que vivem os habitantes de Ghouta Oriental (...) O massacre deve cessar agora", afirmou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, à margem de uma cimeira informal em Bruxelas.
"Um acesso humanitário incondicional e a proteção das populações civis é um dever moral e uma urgência", acrescentou.
A carta de Merkel e de Macron a Putin apela à Rússia que apoie o novo projeto de resolução - apresentado depois do chumbo de uma primeira versão, na quinta-feira, com um veto russo -, que pede um cessar-fogo de 30 dias que permita nomeadamente a entrega de ajuda humanitária e a retirada de doentes e feridos da região.
Ghouta Oriental, o último grande bastião da oposição ao regime, é alvo desde 5 de fevereiro de uma ofensiva das forças do regime.
Uma intensa campanha de bombardeamentos aéreos, lançada no domingo, fez até agora pelo menos 436 mortos entre a população civil, entre os quais 99 crianças, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Lusa