"É totalmente inaceitável considerar em 2017 que as mulheres devem responder a esta questão", respondeu então Jacinda Ardern. "A escolha do momento para ter filhos pertence às mulheres. Isso não deve determinar poder ou não conseguir um emprego".
A política disse não duvidar "que os tempos mudaram", permitindo às mulheres desempenharem vários papéis. "Muitas mulheres abriram caminho pouco a pouco e permitiram que as pessoas me vejam a exercer o poder e pensar 'sim, ela pode fazer o trabalho e ser mãe'", sublinhou hoje a primeira-ministra.
Jacinda Ardern explicou que o vice-primeiro-ministro, Winston Peters, vai substitui-la durante as seis semanas de licença de maternidade, que gozará após o nascimento do bebé.
Apesar de emocionada pelo futuro papel de mãe, Ardern disse "continuar empenhada no seu trabalho e na responsabilidade como primeira-ministra". "Estamos os dois realmente felizes. Queríamos uma família, mas não sabíamos se podíamos, o que torna esta notícia inesperada, mas emocionante", disse Ardern, num comunicado também em nome do companheiro, Clarke Gayford.
A primeira-ministra acrescentou ainda que Gayford ficará a cuidar da criança a tempo inteiro:
"Clarke e eu temos o privilégio de estar numa posição em que o Clarke pode ficar em casa (...). Sabendo que tantos pais têm de fazer malabarismo para cuidar dos seus filhos, consideramo-nos muito sortudos".
A responsável neo-zelandesa é das poucas chefes de Governo a engravidar durante o mandato, indicou a rádio Nova Zelândia, lembrando que uma das primeiras foi a paquistanesa Benazir Bhutto, em 1990.
Lusa