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EUA e aliados querem reforçar vigilância marítima à Coreia do Norte

Os Estados Unidos e aliados defenderam esta terça-feira, no final de uma reunião em Vancouver sobre a ameaça nuclear da Coreia do Norte, um reforço da vigilância marítima para impedir Pyongyang de fugir às sanções em vigor.

Joshua Roberts

Os representantes de cerca de 20 países, incluindo do Japão e da Coreia do Sul, reunidos no Canadá, apoiaram "um reforço da proibição marítima para impedir transferências de navio para navio", feitas para fugir aos controlos e obter fornecimentos ilegais, declarou o secretário de Estado norte-americano.

Rex Tillerson garantiu, em conferência de imprensa, que ninguém quer "interferir nas atividades marítimas legítimas". Por seu lado, a ministra dos Negócios Estrangeiros canadiana, Chrystia Freeland, declarou que os 20 países participantes "não procuram uma mudança de regime ou o seu fim".

No final do encontro, Freeland acrescentou que os 20 Estados concordaram "trabalhar em conjunto para que as sanções sejam rigorosamente aplicadas".

As 20 nações, que debateram medidas contra o programa nuclear norte-coreana, sublinharam a necessidade de resolver esta crise através da diplomacia.

Tillerson afirmou que também os Estados Unidos procuram uma resolução diplomático para a situação com a Coreia do Norte, mas sublinhou que Pyongyang ainda tem que mostrar ser "um parceiro credível para negociações", acrescentando que um diálogo entre os Estados Unidos e o Norte vai exigir "uma suspensão continuada" das ameaças de Pyongyang.

O responsável norte-americano escusou-se a comentar se a Casa Branca está a considerar ações militares contra Pyongyang, mas sublinhou que Washington não aceitará "uma Coreia do Norte com armas nucleares".

No mesmo encontro, agendado antes da primeira reunião intercoreana em dois anos, a ministra dos Negócios Estrangeiros sul-coreana, Kang Kyung-wha, afirmou que as conversações com a Coreia do Norte são um "primeiro passo significante para restaurar as relações" entre os dois vizinhos.

Apesar da abertura, Pyongyang ainda tem de mostrar a intenção de cumprir as suas obrigações no âmbito da desnuclearização da península coreana, reiterou.

Seul e Pyongyang reiniciaram, a 09 de janeiro, os encontros bilaterias, os primeiros em dois anos, e o Norte aceitou participar nos Jogos Olímpicos de Inverno, que vão decorrer no Sul.

Já o representante japonês, o chefe da diplomacia nipónica, Taro Kono, mostrou-se cético em relação às intenções norte-coreanas. O Norte "quer ganhar algum tempo para continuar com os programas nuclear e de mísseis".

Lusa

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