"A fim de garantir o bem-estar do pessoal militar do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas, ordena-se aos comandantes de unidades que consciencializem o pessoal sob o seu comando sobre as normas de segurança e proteção pessoal, a fim de evitar que sejam vítimas de agressões ou delitos que possam afetar a [Notes:sua] integridade", lê-se no texto.
O documento, divulgado pela imprensa venezuelana, sublinha que "em tal sentido, fica terminantemente proibido" andar "fora da guarnição em horas noturnas, frequentar lugares de duvidosa reputação ou que representem risco para a segurança pessoal" ou ainda "expor-se em horas noturnas" usando caixas de levantamento de dinheiro "fora de centros comerciais".
Os militares não devem ainda "realizar paragens desnecessárias ao deslocar-se pela cidade" durante a noite ou usar o telemóvel quando conduzem ou param num semáforo.
O documento, datado de 8 de novembro e classificado como "reservado", proíbe ainda o porte da "identificação militar juntamente com a documentação pessoal" para "evitar que seja descoberta a condição de militar" quando alguém é "surpreendido por criminosos".
"O pessoal militar deve manter sempre uma atitude de alerta, perante qualquer situação anormal e estranha que se apresente, especialmente ao sair de sítios de recreação como cinemas, tascas, restaurantes, discotecas, teatros e outros", conclui.
Segundo o Observatório Venezuelano de Violência, em 2016, pelo menos 28.479 pessoas foram assassinadas na Venezuela, o que corresponde a uma taxa de 91,8 homicídios por cada 100.000 habitantes.
Lusa