Em declarações aos jornalistas antes de participar num programa organizado pelo jornal digital encastillalamancha.es, Catalá afirmou que não quer especular sobre a posição que deve ser anunciada hoje pelo presidente da Generalitat, no Parlamento de Barcelona.
Mesmo assim, o ministro da Justiça disse que se o Parlamento da região autónoma declarar a independência da Catalunha a proclamação "não pode ter efeitos jurídicos" nem "nenhuma transcendência ou consequência" porque, recordou, a lei que apoia o anúncio independentista foi suspensa pelo Tribunal Constitucional.
Catalá sublinhou que nenhuma "parte do território" espanhol pode declarar-se independente do resto do país, tal como prevê a Constituição.
Em todo o caso, acrescentou que do ponto de vista político trata-se de uma "intenção em promover um processo à margem da lei".
Questionado sobre a possibilidade da detenção de Puigdemont e de membros do governo catalão, em caso de proclamação de independência, Catalá disse que "em Espanha as detenções exercem-se através de um mandado de um juiz" e no quadro de um processo judicial.
"Não me consta que haja algum processo que possa levar à detenção de um membro" do governo catalão, acrescentou o ministro da Justiça.
A aguardada sessão do Parlamento de Barcelona está marcada para as 17:00 (16:00 em Lisboa).
Lusa