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Quatro turistas portugueses retirados de ilha cubana devido ao furacão Irma

Quatro turistas portugueses que estavam em Cayo Coco, em Cuba, são hoje transportados para o centro de Cuba por uma questão de prevenção, por causa do furacão Irma, revelou o secretário de Estado das Comunidades.

Alvin Baez

"Hoje, mal amanheça, as autoridades militares cubanas irão transportar quatro portugueses que estavam numa ilha, Cayo Coco, para o centro de Cuba. Estes turistas serão transferidos por uma questão de prevenção", contou José Luis Carneiro.

O secretário de Estado das Comunidades, um ponto de situação feito hoje de manhã à agência Lusa, disse que as autoridades cubanas devem fazer o transporte logo pela manhã, numa região que tem sido afetada pela passagem do furacão Irma, que até agora provocou pelo menos oito mortos e mais de 20 feridos na ilha de Saint-Martin, nas Antilhas Pequenas.

As autoridades cubanas já tinham começado a retirada de mais de 36 mil turistas estrangeiros atualmente de férias na costa norte oriental e central, a mais ameaçada pelo furacão Irma, cujos efeitos se devem começar a sentir na ilha na sexta-feira, seguindo depois para o estado norte-americano da Florida.

De acordo com José Luis Carneiro, as autoridades portuguesas foram contactadas na quarta-feira à noite por outros quatro cidadãos portugueses que disseram não ter conseguido contactar familiares seus que se encontram em S. Bartolomeu.

O secretário de Estado da Comunidades salientou a destruição provocada nas ilhas de São Bartolomeu e Martinica pelo furacão, que regista ventos de 295 quilómetros por hora e se mantém como ciclone de categoria 5, a máxima na escala Saffir-Simpson. "A comunicação e eletricidade naquela região falhou, pelo que as comunicações estão mais dificultadas", afirmou.

De acordo com os dados dos serviços consulares, estão domiciliados na região 250 portugueses em São Bartolomeu e mais 50 em Martinica. O responsável explicou que as autoridades portuguesas conseguiram "acionar a cooperação com o gabinete de crise dos serviços franceses e articular resposta com a representação consular da Suécia naquela região" e desde quarta-feira estão também a trabalhar em conjunto com o gabinete de resposta de emergência da União Europeia.

De acordo com o governante, a Secretaria de Estado da Defesa tem o adido militar em Washington a "preparar e acautelar todos os eventuais efeitos que possam ser produzidos [pela tempestade] na Florida, em Miami, onde há milhares de portugueses".

O furacão Irma atingiu as Caraíbas e deixou a ilha de Barbuda totalmente devastada e 95% da parte francesa de Saint-Martin, nas Antilhas Pequenas, destruída, segundo informações oficiais divulgadas na noite de quarta-feira.

Também nas Caraíbas, a parte francesa da ilha franco-holandesa Saint-Martin ficou 95% destruída com a passagem do Irma, segundo disse na quarta-feira à noite o presidente do conselho territorial local, Daniel Gibbs.

O furacão deixou hoje para trás a ilha de Porto Rico e ameaça agora o noroeste da República Dominicana com ventos até 290 quilómetros por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões de Estados Unidos.

De acordo com o Centro, "o olho do Irma deverá chegar hoje de manhã à República Dominicana, passará mais tarde perto das Ilhas Turcas e Caicos e no sudeste das Bahamas à noite".

Lusa

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