Temer reúne-se hoje em Pequim com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, antes de participar no fórum do grupo de economias emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na cidade de Xiamen, costa leste da China, entre 03 e 05 de março.
Em declarações à televisão estatal chinesa CCTV, o Presidente do Brasil assumiu o desejo de atrair empresas chinesas para participar no pacote de privatizações lançado pelo seu Governo.
"Isso seria muito útil para nós", vincou o governante, uma semana depois do anúncio de 58 ativos a serem privatizados, incluindo o maior fornecedor de energia da América Latina, a Eletrobras, e o lucrativo terminal de Congonhas, em São Paulo.
A visita surge numa altura em que dados oficiais revelam que a China contribuiu, nos primeiros seis meses de 2017, para quase 25% do conjunto das exportações brasileiras, ilustrando o peso do país asiático para a economia brasileira.
A China tornou-se, em 2009, o principal parceiro económico do Brasil, ultrapassando os Estados Unidos, e o seu maior investidor externo.
Nos últimos anos, algumas das maiores empresas chinesas têm também reforçado a sua presença no Brasil.
Só a State Grid, que em Portugal detém 25% da REN (Rede Elétrica Nacional), tem hoje metade dos seus ativos no exterior no Brasil, segundo dados citados pelo jornal oficial chinês Diário do Povo.
O acionista chinês da EDP, a China Three Gorges, tem também uma presença forte no Brasil, incluindo os direitos para operar duas das maiores centrais hidroelétricas do país, na Ilha Solteira e na Jupia.
O grupo Fosun, a maior acionista do banco Millennium BCP, e que detém 85% da seguradora Fidelidade e conta com uma participação de 5,3% na REN, adquiriu no ano passado a Rio Bravo, uma das maiores empresas do Brasil na área de gestão de investimentos.
O bloco de grandes economias emergentes BRICS é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Lusa