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ONU alerta para risco de fome no Iémen, Somália, Sudão do Sul e Nigéria

A fome ameaça mais de 20 milhões de pessoas no Iémen, na Somália, no Sudão do Sul e no nordeste da Nigéria, alertou esta quarta-feira o Conselho de Segurança da ONU, apontando os conflitos como principal causa deste flagelo.

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© Goran Tomasevic / Reuters

"O Conselho lamenta os efeitos devastadores que têm nos civis os conflitos armados atualmente em curso e a violência", sublinhou, o presidente do Conselho de Segurança, numa declaração adotada por unanimidade pelos seus 15 Estados membros.

O texto lamenta nomeadamente as consequências dos conflitos sobre "o encaminhamento da ajuda humanitária a curto, médio e longo prazo, constituindo assim uma das principais causas da fome nessas situações".

Resultado de uma iniciativa sueca, o texto foi amplamente negociado até se chegar à primeira ligação formalmente estabelecida pelas Nações Unidas entre a existência de conflitos e a fome.

"É indispensável que todas as partes respeitem o direito internacional humanitário", exige também o Conselho de Segurança, recordando que todos os participantes "nos conflitos armados têm por obrigação respeitar e proteger os civis".

Na sua declaração, o órgão executivo da ONU insta igualmente as partes em conflitos "a respeitarem e protegerem as instalações médicas, os profissionais de saúde, os meios utilizados para o seu transporte e o seu material".

O Conselho de Segurança pede aos beligerantes "no Iémen, no Sudão do Sul, na Somália e no nordeste da Nigéria que tomem medidas urgentes para permitir uma ação humanitária mais eficaz".

No texto, a instância suprema das Nações Unidas exorta ainda os Estados membros a respeitarem as suas promessas de donativos para combater a fome nos países referidos.

Segundo o gabinete de coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU, dos 4,9 mil milhões de dólares urgentemente necessários, só foram doados 2,5 mil milhões de dólares para evitar a fome no Iémen, no Sudão do Sul, na Somália e no nordeste da Nigéria.

Lusa

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