Peng, enviada especial da UNESCO para a promoção da educação das mulheres e das crianças, assegurou que as chinesas experimentaram "um progresso destacável", quanto ao desenvolvimento pessoal, numa entrevista ao "Correio da Unesco", citada esta quinta-feira pela imprensa oficial chinesa.
A primeira dama chinesa considerou a educação prioritária para conseguir a igualdade e enalteceu os esforços feitos pelo Governo chinês, que é presidido pelo seu marido, Xi Jinping, para garantir que todas as crianças e mulheres chinesas têm acesso à educação.
As declarações de Peng surgem numa altura em que ativistas feministas do país dizem ser alvos de repressão por parte do regime.
"Os esforços do Partido Comunista Chinês são limitados. Continuamos a retroceder em matéria de igualdade", assegurou uma das ativistas Xiao Meili, em declarações à agência EFE.
Xiao disse que a polícia a pressionou a trocar de casa em repetidas ocasiões e explica que o coletivo enfrenta agora maiores restrições para publicar comentários, relatórios ou promover campanhas através da Internet ou das redes sociais.
"A situação está cada vez pior", disse.
Em 2015, nas vésperas do Dia da Mulher, as autoridades detiveram cinco das mais prominentes feministas chinesas, quando estas se preparavam para realizar uma campanha de conscientização contra o assédio sexual.
Apesar de terem sido libertadas ao fim de 37 dias, as mulheres asseguram que as autoridades continuam a controlar os seus movimentos.
Lusa