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Embaixador da Coreia do Norte foi expulso e tem 48 horas para deixar a Malásia

A Malásia expulsou hoje o embaixador da Coreia do Norte, dando-lhe 48 horas para sair do país, depois do caso do assassínio do meio-irmão do líder norte-coreano no Aeroporto de Kuala Lumpur.

© Athit Perawongmetha / Reuters

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Malásia, Anifah Aman, confirmou que foi entregue hoje uma notificação ao embaixador da Coreia do Norte perto pelas 18:00 locais declarando o representante de Pyongyang, Kang Chol, 'persona non grata' e que deve deixar o país nas próximas 48 horas.

As autoridades da Malásia já tinham indicado que iriam expulsar o embaixador da Coreia do Norte no país, depois de ele se ter recusado a pedir desculpas por ter dito que o "Governo malaio tinha algo a esconder e que o país juntou-se a outros poderes para difamar" Pyongyang.

No início da semana, a Malásia exigiu que a Coreia do Norte fizesse um pedido de desculpas formal pelas acusações de Kang Chol nas investigações sobre o assassinato de Kim Jong Nam, meio-irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

Kim Jong-nam foi assassinado, em 13 de fevereiro, por duas mulheres que, segundo as autoridades malaias, lançaram veneno VX contra o seu rosto, provocando a sua morte poucos minutos depois.

Na quarta-feira, a Coreia do Norte qualificou de "absurda" a conclusão da Malásia de que Kim Jong-nam foi morto com veneno VX.

A agência oficial norte-coreana KCNA escreveu que a alegação, no relatório da autópsia, de que pequenas quantidades do veneno extremamente tóxico foram detetadas no cadáver é "um absurdo" a que falta "rigor científico e coerência lógica".

Na quinta-feira, um emissário da Coreia do Norte enviado à Malásia para reclamar o cadáver de Kim Jong-nam negou que este tenha sido assassinado com veneno e atribuiu a sua morte a um ataque de coração.

Ri Tong Il, embaixador da Coreia do Norte na ONU, negou a versão malaia numa declaração à imprensa diante da embaixada norte-coreana, segundo o canal televisivo Channel News Asia.

Ri disse ainda que, se a causa da morte fosse o veneno VX, como disseram as autoridades da Malásia, deveriam enviar-se amostras do agente tóxico para a Organização para a Proibição de Armas Químicas.

Lusa

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