Os investigadores da Universidade de Melbourne reavivaram o debate sobre o chamado "imposto de gordura".
A medida economizaria mais de 3 mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros) em custos com assistência médica e aumentaria a esperança de vida dos australianos em cerca de oito dias.
"Pode não parecer muito, mas na verdade a maioria das intervenções de saúde não se aproxima desse tipo de ganho", disse o professor e co-autor do estudo Tony Blakely à SBS News.
Blakely afirmou que a medida não é uma "bala de prata" para combater a obesidade na Austrália, mas ajudaria a iniciar um processo de alimentação saudável.
O estudo mostra ainda que o imposto funcionaria melhor se acompanhado de subsídios para frutas e vegetais para diminuir a carga financeira nas famílias mais pobres.
O consumo, a longo prazo, de alimentos ou bebidas que ricos em gorduras saturadas, açúcar e sal tem uma ligação comprovada com complicações de saúde.
Os países escandinavos lideram desde há muito a cobrança de impostos sobre alimentos e bebidas não saudáveis. A Finlândia tem um imposto sobre doces, chocolate e gelado desde 2011. Muitos outros países como a Hungria, França, México e o Reino Unido seguiram o exemplo taxando refrigerantes, e a Índia nos hambúrgueres, pizzas e outras comidas menos saudáveis.
No entanto, a Dinamarca lançou um imposto sobre os alimentos ricos em gorduras saturadas, como manteiga e óleo, mais tarde vindo a aboli-lo, porque abaou a encorajar muitas pessoas a fazer compras fora do país.