O juiz federal Brian Cogan, encarregue do dossiê, requereu a 25 de janeiro que o líder do cartel de Sinaloa, conhecido pelas suas evasões espetaculares de prisões, possa ser ouvido a partir da prisão de Manhattan "a fim de minimizar os riscos associados ao seu transporte físico".
Numa carta endereçada ao magistrado datada de segunda-feira, os dois advogados de "El Chapo" pedem que o arguido esteja fisicamente presente na primeira audiência, marcada para 3 de fevereiro, bem como em todas as outras, alegando que só assim podem ser exercidos em pleno os direitos da defesa.
"A sua ausência da sala de audiências dará inevitavelmente a impressão ao público que o senhor Guzman é demasiado perigoso para ser levado para tribunal", dizem os advogados na carta a que a AFP teve acesso. Sublinham que não ocorreu nenhum incidente durante a extradição do México para os Estados Unidos, a 19 de janeiro.
Quando estava detido no México, "El Chapo" conseguiu evadir-se duas vezes, a primeira em 2001, a segunda em 2015, depois de ter feito um túnel escavado debaixo do duche.
"Não conhecia as acusações ", afirmou em tribunal
Com 59 anos, Joaquin "El Chapo" [baixote, em espanhol] Guzman é acusado de ter dirigido um dos maiores impérios de droga do continente americano. O cartel de Sinaloa conseguiu distribuir durante quase 25 anos vários milhares de toneladas de droga colombiana para os Estados Unidos que renderam pelo menos 14 mil milhões de dólares.
Menos de 24 horas depois de ter chegado aos Estados Unidos foi ouvido por um tribunal federal de Brooklin onde se declarou inocente das 17 acusações.