"As decisões sobre a Internet da Casa Branca são internas dos Estados Unidas, mas lamentamos" a supressão da versão espanhola, disse Alfonso Dastis no final de uma reunião de ministros e altos funcionários ligados às Relações Externas dos países da orla do Mediterrâneo.
O chefe da diplomacia espanhola de Madrid recordou que nos Estados Unidos há 52 milhões de habitantes que falam espanhol: "Não nos parece uma boa ideia", sublinhou.
O ministro da Justiça, Rafael Catalá, em Salamanca (Espanha) também concordou que a decisão "não faz sentido" e reconheceu que o Governo espanhol assiste "com uma certa inquietude ao reforço dos valores e de um olhar para dentro" dos Estados Unidos.
A versão em espanhol da página da Casa Branca (residência oficial do Presidente norte-americano) na Internet desapareceu pouco depois de Donald Trump ter sido investido no cargo.
A versão em espanhol dessa página foi pela primeira vez criada nos meses seguintes à chegada ao poder do agora ex-Presidente Barack Obama, e até alguns dias antes da tomada de posse de Trump tinha um blogue dedicado a temas de interesse da comunidade hispânica.
A nova administração Trump, no qual não há qualquer latino em cargos de responsabilidade, ordenou também o encerramento de outros instrumentos de comunicação em espanhol, como a conta @LaCasaBlanca, na rede social Twitter, e uma página do Facebook.
Desde a chegada do novo chefe de Estado à Casa Branca, ainda não foi nomeado um responsável de imprensa para os 'media' hispânicos, um cargo até à data ocupado pelo jornalista Luis Miranda. Dias antes da sua investidura, na passada sexta-feira, Trump terminou de anunciar os nomes de todos os membros do seu Executivo, a maioria dos quais ainda deve ser confirmada pelo Senado e entre os quais não há hispânicos.
Lusa