"Oito meses após o início das operações contra o Estado Islâmico na cidade de Syrte, anuncio oficialmente o fim das operações militares e a libertação da cidade", referiu Sarraj num discurso transmitido pela televisão, cerca de duas semanas após o anúncio da conquista da cidade por forças leais ao GNA.
O chefe do GNA fez este anúncio por ocasião do primeiro aniversário da assinatura do acordo interino líbio patrocinado pela ONU, e que implicou a formação do governo de união que lidera.
Em 05 de dezembro, as forças líbias fiéis ao GNA tinham anunciado ter assumido o controlo total de Syrte, cidade costeira 450 quilómetros a leste de Tripoli.
O GNA espera sair reforçado da batalha de Syrte num momento em que continua a enfrentar diversos obstáculos, desde a sua instalação no final de março em Tripoli, para impor a sua autoridade num país devastado por conflitos desde o derrube de Muamma Kadhafi em 2011. Sarraj é designadamente contestado pelo marechal Khalifa Haftar, chefe militar das autoridades paralelas instaladas no leste do país.
No seu discurso, o chefe do governo de união prestou no entanto homenagem às forças leais a Haftar, que desde há dois anos conduz uma guerra contra os grupos 'jihadistas' no leste líbio, ao saudar "os mártires e os heróis que combateram e combatem o terrorismo em Benghazi", a grande cidade do leste da Líbia.
"A batalha de Syrte terminou mas a guerra contra o terrorismo na Líbia ainda não terminou", advertiu Sarraj, ao sublinhar a necessidade de "unificar as forças militares num único exército".
O EI ocupou Syrte em junho de 2015 ao beneficiar da ausência de Estado na Líbia, que mergulhou no caos após a queda de Kadhafi.
Os 'jihadistas' da organização islamita ofereceram forte resistência em Syrte durante meses, ao utilizarem táticas de guerrilha urbana, escudos humanos e minas antipessoal.
Lusa