"Não aceitamos, em nenhuma circunstância, (...) um compromisso ou um cessar-fogo entre a Turquia e os elementos curdos", declarou o ministro à agência pró-governamental Anadolu.
A república turca, disse o ministro, "é um Estado soberano que não pode ser posto em pé de igualdade com uma organização terrorista".
Na terça-feira, o porta-voz do comando militar norte-americano no Médio Oriente tinha dito que as forças turcas envolvidas numa operação no norte da Síria e as milícias curdas na mesma região tinham aceitado não disparar umas sobre as outras.
"Nas últimas horas recebemos a garantia de todas as partes envolvidas que vão parar de atirar umas contra as outras e concentrar-se na ameaça que é o Daesh, indicou terça-feira o coronel John Thomas.
Desde que a Turquia lançou na semana passada uma operação militar - "Escudo do Eufrates" - no norte da Síria, os Estados Unidos têm procurado evitar a escalada de confrontos entre as forças turcas e as milícias curdas sírias, dois dos maiores aliados norte-americanos no combate ao Daesh.
Na segunda-feira, o vice-primeiro-ministro turco indicou que a operação "Escudo do Eufrates" visava impedir a formação de um corredor curdo que dividiria a Síria, além de travar o Daesh.
"O objetivo da operação é o de limpar a região do grupo Daesh e impedir o PYD (Partido da União Democrática Curda) e as YPG (Unidades de Proteção do Povo curdo) de instalarem um corredor de uma ponta à outra" que "dividiria a Síria", afirmou Numan Kurtulmus, citado pela televisão turca NTV.
As declarações de Kurtulmus surgiram horas depois de o exército turco e os seus aliados locais do Exército Livre Sírio (ELS) terem conquistado uma dezena de localidades a sul de Jarablos, que estavam nas mãos das milícias curdas.
A Turquia considera que as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) são filiais locais sírias do grupo armado PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), ativo em solo turco e apontado por Ancara como uma organização terrorista.
Lusa