Rodriguez falava numa conferência de imprensa conjunta com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que hoje realiza uma visita histórica à ilha caribenha, a primeira de um chefe da diplomacia norte-americana desde 1945.
"Temos ideias diferentes de soberania, democracia e Direitos Humanos", afirmou o ministro cubano.
"Estamos prontos para discutir qualquer uma dessas questões, embora possamos nem sempre concordar", acrescentou.
Na mesma conferência de imprensa, John Kerry reiterou a ideia que o dia de hoje é "histórico" e um "momento memorável" para os dois antigos adversários da Guerra Fria.
Kerry assegurou igualmente que os governos norte-americano e cubano tomaram as medidas necessárias para assegurar que a relação diplomática recentemente restabelecida seja "madura" e marcada pela "determinação", a mesma que permitiu recuperar laços que foram quebrados há mais de cinco décadas.
"Não é só falar da relação, temos de tomar as medidas necessárias para que a relação amadureça", frisou.
Ainda em declarações aos jornalistas, John Kerry afirmou não conseguir imaginar a possibilidade do futuro Presidente dos Estados Unidos (que será eleito nas eleições presidenciais previstas para novembro de 2016) recuar com o processo de aproximação com Cuba.
"Não posso imaginar um Presidente (...) jogar tudo pela janela", referiu o chefe da diplomacia norte-americana, que hoje presidiu à cerimónia do hastear da bandeira da embaixada dos Estados Unidos na capital cubana, algo que não acontecia desde 1961.
Lusa