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Ban-Ki-moon condena ataque a escola da ONU e exige justiça em Gaza

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considerou hoje "escandaloso e injustificável" o bombardeamento de uma escola da organização na Faixa de Gaza que matou pelo menos 16 palestinianos e exigiu "justiça".

(Arquivo Reuters)
© Stringer . / Reuters

"Esta manhã (quarta-feira), uma escola das Nações Unidas que albergava  milhares de famílias palestinianas foi alvo de um ataque condenável. É injustificável,  devem ser determinadas as responsabilidades e deve ser feita justiça", declarou  Ban Ki-moon à chegada ao aeroporto de San José, na Costa rica, onde iniciou  uma visita oficial.  

"Quero precisar que a localização exata desta escola foi comunicada  por 17 vezes às autoridades militares israelitas, designadamente na noite  passada, algumas horas antes deste ataque", acrescentou o chefe da ONU.

Pelo menos 16 palestinianos que se tinham refugiado numa escola da ONU  foram mortos ao início da manhã por bombardeamentos israelitas no norte  de Faixa de Gaza, segundo um balanço provisório dos serviços de urgência  médicos.  

Os obuses disparados por tanques atingiram em cheio duas salas de aulas  de uma escola da Agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA),  no campo de Jabaliya.  

Numa nota emitida ao início da tarde, a Casa Branca também condenou  este bombardeamento.  

Algumas horas mais tarde, e em plena "trégua humanitária", 17 pessoas  foram mortas e 150 feridas num ataque do exército israelita ao mercado de  Chajaya, um subúrbio a leste da cidade de Gaza, elevando para pelo menos  100 o número de palestinianos hoje mortos no enclave.  

Três soldados israelitas também morreram em confrontos com combatentes  palestinianos em Gaza, num total de 56 militares mortos desde o início da  operação militar em 8 de julho, o balanço mais pesado para o exército judaico  desde a sua guerra contra o Hezbollah libanês em 2006.  

Mais de 1.300 palestinianos, na grande maioria civis, já foram mortos  nos 23 dias de operações militares israelitas na Faixa de Gaza, controlada  pelo Hamas.  

Lusa

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