"Há alguns minutos, terroristas palestinianos de Gaza dispararam três 'rockets' sobre Dimona. Dois caíram e o 'Iron Dome' intercetou um terceiro", acrescentou o 'Twitter' militar, numa referência ao sistema de defesa antimíssil israelita.
As Brigadas Ezzedine Al-Qassam, o braço armado do Hamas -- o movimento islamita palestiniano que controla a Faixa de Gaza --, disse numa declaração ter "disparado três 'rockets' M75 em direção a Dimona", numa referência ao seu arsenal de 'rockets' fabricados em Gaza, com um alcance de 80 quilómetros.
Israel possui dois reatores nucleares, Dimona no deserto do Negev e outro nas suas instalações de pesquisa nuclear em Nahal Sorek, oeste de Jerusalém.
O Estado judaico deverá ainda possuir cerca de 200 ogivas nucleares, mas mantém a política de não confirmar ou desmentir, posição comumente designada por "ambiguidade nuclear".
Cientistas e políticos israelitas já apelaram ao encerramento da central de Dimona, construída há 50 anos, ao alertarem para o aumento dos riscos de acidentes.
Em paralelo, e de acordo com especialistas, os 'rockets' com capacidade de atingir o interior de Israel e comandos navais enviados para missões de desembarque revelam que o Hamas aumentou as suas capacidades com a ajuda do Irão e da Síria.
A última ofensiva israelita contra Gaza pretendia desmantelar as capacidades do grupo militante palestiniano, mas menos de dois anos depois o Hamas garantiu a posse de projéteis de longo alcance.
Um ataque "sem precedentes" de quatro militantes do Hamas, que surgiram do mar para atacar uma base militar israelita também revela a determinação do grupo em tentar romper o bloqueio naval do enclave costeiro.
"As forças israelitas infligiram pesadas perdas ao Hamas em 2012, mas desde então conseguiram reequipar-se significativamente através do Irão e também com algum armamento proveniente da Síria", disse à agência noticiosa AFP o coronel Richard Kemp, do Instituto de investigação Royal United Services.
O principal arsenal do Hamas e das Brigadas Ezzedine Al-Qassam é composto por 'rockets' sem um mecanismo teleguiado.
Antes da guerra de 2012, o Hamas deveria possuir 10.000 'rockets', mas o seu número atual é incerto, apesar de calculado em "alguns milhares".
Em 2012 incluíam mísseis Fajr-5 com um raio de ação de 45 quilómetros, e 'rockets' M75 fabricados em Gaza, com um alcance de 80 quilómetros, ambos com capacidade para atingir Jerusalém e Telavive.
Desde então, o Hamas adquiriu 'rockets' sírios M-302, com um alcance de 160 quilómetros.
Lusa