Num comunicado hoje divulgado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros, Portugal afirma condenar "fortemente o desaparecimento de três jovens israelitas que terão sido raptados na Cisjordânia", e diz esperar que estes "possam regressar o mais depressa possível para junto das suas famílias".
"O Governo português considera que tais atos de violência prejudicam os esforços em favor da paz e da reconciliação entre Israel e a Palestina, apelando por isso à máxima contenção e a uma colaboração com vista à rápida libertação dos jovens israelitas", sublinha o ministério de Rui Machete.
"Portugal espera que seja criado um clima conducente ao relançamento do diálogo entre as partes", acrescenta.
Os três adolescentes, que Israel considera sequestrados, foram identificados como sendo Gilad Shaer e Naftali Frenkel, de 16 anos, e Eyal Yifrach, de 19, sendo que Frenkel também tem passaporte dos Estados Unidos.
Todos foram vistos pela última vez na noite de quinta-feira quando pediam boleia e subiram a um veículo perto do colonato judaico de Gush Etzion, perto da cidade cisjordana de Hebron, depois de saírem da escola de rabinos onde estudavam.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, responsabilizou de forma direta o Hamas, enquanto o movimento islamita negou a sua implicação no desaparecimento dos jovens.
"Espero poder contar com a sua ajuda para encontrar os adolescentes raptados. Os raptores são uma zona controlada pela Autoridade Palestiniana e voltaram para lá" depois do rapto, disse Netanyahu ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, numa conversa telefónica.
Em resposta, Abbas condenou o rapto e "as violações israelitas que se seguiram" na operação de buscas, que constitui o maior destacamento do exército israelita desde a intifada de 2005.
Lusa