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EUA admitem cooperar com Irão e utilizar 'drones' contra extremistas

O chefe da diplomacia norte-americana,  John Kerry, afirmou hoje que Washington está disposto a cooperar com o Irão  sobre a crise no Iraque e admitiu recorrer a 'drones' para deter os ataques  de extremistas naquele país. 

"Não afastaria nada que possa ser construtivo", respondeu Kerry a uma  pergunta da YahooNews sobre a possibilidade de os Estados Unidos cooperarem  militarmente com o Irão, um dos aliados do primeiro-ministro iraquiano,  Nuri al-Maliki. 

O secretário de Estado norte-americano sublinhou, no entanto, a necessidade  de esperar para "ver o que o Irão pode estar ou não disposto a fazer, antes  de começar com pronunciamentos". 

Os Estados Unidos e o Irão não têm laços diplomáticos formais há 34  anos, mas representantes dos dois países têm-se reunido no quadro de negociações  multilaterais como as relativas ao controverso programa nuclear iraniano.

Esta semana, realiza-se uma nova ronda dessas negociações em Viena,  com a delegação norte-americana chefiada pelo "número dois" de John Kerry,  William Burns. 

Segundo Kerry, o presidente norte-americano, Barack Obama, está a proceder  a "uma verificação exaustiva de todas as opções disponíveis", incluindo  ataques com aviões não-tripulados ('drones'). 

"Os Estados Unidos estão profundamente comprometidos com a integridade  do Iraque enquanto país", disse. 

Extremistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) tomaram  há uma semana a segunda cidade iraquiana, Mossul, e combatem atualmente  o exército iraquiano pelo controlo da cidade xiita estratégica de Tal Afar.

A ofensiva suscitou o receio de uma guerra civil entre sunitas e xiitas  no Iraque, de onde os Estados Unidos retiraram as suas forças de combate  em dezembro de 2011. 

"Este é um desafio à estabilidade da região. E obviamente um desafio  existencial para o próprio Iraque. Este é um grupo terrorista", disse John  Kerry à YahooNews. 

Lusa

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